quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sofrido amor.

O máximo que me vem de você
é um sorriso obscuro,
Triste, vazio...
Tenta me enganar, mas sei
que por trás desta máscara de falsidade
há um resto de sentimento, de sofrimento...
Uma gota...
Um coração que bombeia quase sem sangue
Apenas uma gota...
Que pode se esgotar quando outra ave
vermelha vier sugar o teu amor.
Mas, se esta se esgotar,
seca também ficará tua alma,
pois nada te fará melhor que
o meu sofrido amor.

Viverás numa angústia quase eterna
Sofrerás cada vez que meus olhos
se cruzarem bruscamente com os teus
Farei involuntariamente da tua
vida um inferno, pois só meus lábios,
agora secos, poderão te acalmar novamente
Se você não se render ao meu sofrido amor
te trancarei a beira do fogo, mas não,
não serei dona da chave...
Ela propositalmente cairá no mar de lágrimas
sangrentas que já se formou recentemente
Cujas nascentes se encontrarão
nos teus olhos vazios.

Essa chave simboliza a tua vida.
Eu não serei, nem nunca fui a dona dela.
Nem eu, nem ninguém.
Ficarás num sofrimento profundo.
Desculpe-me, mas não terei culpa disso.
Sua história é você quem faz
Você quem muda.
É você quem paga pelos teus erros.
Cabe a mim agora assistir de camarote.
Neste lugar quente, nebuloso, solitário.
Eu verei daqui, você se auto-destruir aos poucos.
Gargalhadas eu darei quando te ver
implorando novamente o meu sofrido amor.

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