segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um amor por acaso.

Os minutos passando e eu aqui parada no tempo. Espero anciosa para te ver novamente. O tempo para aqui dentro de mim e me traz aos olhos os teus tão reluzentes.
Os carros passam rápido lá fora e o vento sacode as folhas das árvores ferozmente.
Já estou pronta para te encontrar. Como nunca estive antes.
Cabelo solto, caido ao ombro como água que desce em uma cachoeira calma e se encontra agitada ao fim da queda. O batom cor-de-rosa nos lábios com um brilho que te convidará a um beijo. Um perfume perturbador para trazê-lo a minha realidade.
Lá fora a Lua permanece tímida atrás das nuvens claras. Ela não se atreve a ofuscar o meu brilho.
Por meses elaborei a roupa que eu estaria usando agora. Um vestido branco com leves tons azul claro que pouco aparecem. Discreto e marcante. Bem acinturado, cai como cascata até próximo de meus joelhos. Não é vulgar e não chamará a atenção de quem não reconhece a garota tão especial que o está vestindo. Especial não por convencimento, mas especial para você que diz me amar. Única. Unicamente sua.
A Campainha não tocava e eu esperei inquieta durante certo tempo. Meia noite e meia e você não havia chego. O combinado era nove e meia. Tantas ligações perdidas e nenhuma resposta.
Decidi esperar na calçada. Me encostei em uma árvore, esperei durante uma hora e nada. Fechei meus olhos e deixei uma lágrima cair no rosto.
Ainda com os olhos fechados senti um ar quente em meu rosto, ouvi uma respiração e senti um abraço que me segurava com certo cuidado. Um coração batia forte perto do meu.
Abri meus olhos e vi diante dos meus, tão próximos, olhos que brilhavam intensamente expressando amor. Eu estava fraca, sem forças para resistir e então vagarosamente seus lábios se aproximaram dos meus. Meu coração batia fortemente, como nunca havia sido antes. Minhas lágrimas secaram e eu esperava por aquele beijo tão perto de mim.
Fechei os olhos e ouvi um sussurro . “Eu sou seu, eu sempre fui seu...”. Era uma voz aveludada, confortável aos ouvidos. Uma voz condutora e suave que me fez sentir o sangue correr mais forte pelas veias.
E eu, apaixonada como estava, senti seu beijo macio e ingenuo. Não era o beijo do meu ‘dono’, era o beijo de alguém que poderia ser eternamente meu. Beijo de quem ama um amor puro e singelo. Eu abri meus olhos e pude ver seus olhos puxados, quase fechando em um sorriso que se abria demonstrando a felicidade de quem tinha conquistado a maior preciosidade da vida. O amor; que tira os homens do desespero, que cura doenças, que doi, que cuida e ampara. O amor, que mata; que tem o dom de trazer a vida. Um amor capaz de mover montanhas estava ali diante de mim. Um amor que sobreviveu a tudo e agora está prestes se eternizar. Capaz de transformar uma vida em apenas 30min.