quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A prosa gótica.


Poemas ou contos góticos. Uma nova maneira de escrever que conheci há pouco tempo. Muito boa. Dedico essa postagem a uma amiga muito importante que me fez aprender um novo jeito de escrever que eu particularmente gosto muito. No começo não achei que fosse capaz de escrever assim. Mas com o passar do tempo, depois de ler muitos poemas dela eu me adaptei um pouco e agora escrevo algumas coisas ainda simples.
Alguns podem se assustar, é claro! Mas quando eu começo a escrever, geralmente sobre algo que me aconteceu, sinto um alívio imenso! É como tirar um peso da consciência e depois permanece tudo ali no papel, eu posso ler, reler e guardar todos meus sentimentos do momento na folha. Hoje parei pra observar o quanto é bom poder ler novamente após um certo tempo. Se estiver ruim eu posso perceber onde estão meus maiores erros na escrita e usar isso pra evoluir de certa forma. Se meu pensamento estiver mudado a respeito do que escrevi eu posso perceber que mudei pra melhor ou então tentar mudar caso isso não tenha acontecido.
Escrever poemas ou prosas com um toque de escrita gótica é bom por esse motivo, usa os sentimentos ao extremo! Mexe com a opinião das pessoas, tem o poder de surpreender, confortar ou incomodar. Faz com que os outros parem para pensar em suas vidas; não é uma simples escrita ou leitura, pois ela tem o poder de mexer com o consciente das pessoas. Por isso quando eu estiver com algum problema vou sempre escrever, tentar manter um jeito ‘Kelly’ nas minhas postagens, não vou fugir da minha personalidade, mas isso prova que eu estou aberta sempre a novos pensamentos e modos de ver a vida por outro lado. Eu acho que as amizades se aproximam de nós quando temos a mente aberta a novas formas de ver a vida. Respeito também é a base de tudo e precisamos dele para poder entender e aceitar o ponto de vista das pessoas ao nosso redor. Agradeço aqueles que consigam entender ou respeitar meu modo diferente de expressar os sentimentos; por favor não pense que estou possuída! RS.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um relógio sem funções I


Eu vejo que você não está tão bem longe de mim.
Você não consegue disfarçar que amizades e abraços compulsivos não são apenas necessários para te fazer feliz.
Você mudou drasticamente e não é mais o mesmo que conheci.
Mergulhou neste mundo de falsas promessas e agora está construindo um castelo de ilusões.
Eu tento te encontrar, mas algo está me impedindo. Existe um véu negro sobre seus olhos que sempre me impede de te ver. Deus está te impedindo de sofrer com saudades de mim.
Toda vez que te vejo meu coração sangra e em minha garganta sinto uma corda tentando me sufocar.
Já me proibiram de te amar, já me impediram de te ver. Minha vontade de ter o seu coração é obsessiva. Eu quero mais uma vez segurar em minhas mãos aquilo que te faz bombear o sangue. A essência da vida. Eu preciso mais uma vez sentir teu sangue quente escorrer entre meus dedos. Esparramar-se pelo meu corpo. É a sede que eu tenho para viver.
Sinto que ainda és meu.
Não tente se enganar; ninguém nunca vai te amar e te fazer sofrer como eu fiz. Mas dessa vez será diferente, eu vou te sufocar com tanto afago. Quando eu te trouxer de bandeja o cálice da morte, também te trarei uma maravilhosa coroa de flores. Farei com que estas sejam as mais belas. Rosas negras mergulhadas em teu sangue. Desculpe, mas não poderei comprar com tampouco dinheiro, rosas vermelhas.
Todos os relógios se derreterão ao calor do teu corpo fúnebre.
As horas já não fazem sentido sem você ao meu lado.
Eu te farei feliz novamente, basta oportunidade. Sorrisos, vontade de viver. Ah! Isso terás de sobra, meu amado. Vou te abraçar forte com um sentimento sincero. O mais sincero possível. Vou te sufocar, com esse amor gritante.

Um relógio sem funções II (continuação)


Desista de fugir, não há como escapar. Eu ainda lhe farei melhor e pior do que já foi capaz de ser. Um ‘pior’ que ninguém saberá substituir.
Volte logo, meu amor. Corra destes abraços mórbidos e entregue-se ao meu sufocante. Venha conhecer as coisas boas que realmente importam. Mate essa alegria falsa que o cerca a todo o momento. Traga meu tempo de volta, eu já não vivo mais sem os segundos. Os relógios já não contam as horas sem tua presença por perto.
Sabe ao menos como eu anseio pelo teu amor? Sabe como eu espero pelo teu abraço?
Você não faz idéia, pobre amor. O infinito é apenas a metade da minha vontade de apossar de do seu coração.
Quando te encontrar e me aproximar de você, não haverá mais ar para respirar. Então, entregue-se de vez ao meu amor platônico e deixe-se cair em meu colchão de agulhas; venha se anestesiar dessa tristeza avassaladora olhando em meus olhos vazios e cativantes.
Meu mundo não gira sem você preso ao meu lado. Os relógios estão todos derretidos, espelhados ao além. Relógios sem função lógica; apenas enfeitam essa paisagem horrível.
Uma vida sem sentido; um coração onde reina somente o ódio por não te ter e a obsessão por um dia ser sua dona. Como um mímico que não fala sem suas marionetes, você ainda me pertencerá, pois sem você eu não sou capaz de pronunciar.
Tenho os lábios costurados e só me resta escrever.
E é assim... Você e a vida, ou a solidão e a morte.
Hoje os relógios estão todos derretidos... O tempo se enlouquece, perde a noção sem você por perto. O Sol se esconde, a Lua se revolta no céu e ofusca o brilho das estrelas com o seu rancor. O ar vai me faltando aos pulmões, e a escuridão vai tomando conta dos meus olhos. Hoje, todos os relógios já estão derretidos...