quinta-feira, 17 de junho de 2010

s2~


Passei a borracha nestas folhas e como havia firmado meu lápis para escrever sobre nós, as marcas do grafite ainda permanecem levemente notáveis no papel. Possível vê-las mas para lembrá-lás fecho meus olhos e me ponho no momento em que as escrevia. Passando os dedos pelo papel ainda meio amassado eu consigo de leve me lembrar do que estava antes ali. Percebo com isso a firmeza com que havia às escrito, a confiança que coloquei em cada palavra e o reforço que dei a cada sílaba colocada diante de meus olhos. Certa eu estava de que não teria que apagá-las. Me enganei novamente. Agora, eu tento reescrever uma nova versão, com um resumo semelhante, mas trocarei os meus personagens. O protagonista agora será eu mesmo. Não admirarei outro ser, se não Deus. Vou escrever mais leve desta vez, pois talvez seja preciso reaproveitar o papel, ou após reescrever este conto eu o coloque dentro de uma garrafa de vidro para joga-lo ao mar. Um dia minhas palavras irão chegar nas mãos de outra pessoa e talvez elas sirvam de consolo, já que para mim elas não significam nada no momento.

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