quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Caminhos


Eu não sumi, mas por falta de tempo deixei de escrever, coisa que eu GOSTO muito de fazer!
Desta vez eu vim falar sobre uma dúvida que, por vezes, paira sobre mim: a incerteza de qual futuro eu quero.
Todos nós temos ideias pré-estabelecidas sobre um futuro desejado. Muitos pensam em uma bela casa, um bom carro, uma família de comercial de margarina e um natal bonito com esta mesma família e uma Coca-cola de 3L dourada sobre a mesa além do peru e do panetone mais caro. Não vou negar! Já pensei muito sobre isso, e penso até hoje. Porém minha dúvida não diz respeito exatamente a isto, e sim sobre o futuro que eu estou a construir hoje, ou seja, o curso que eu decidi estudar para seguir minha carreira profissional.
Estava eu indecisa no ano anterior (2011), entre os cursos de Direito, Design de Interiores ou Pedagogia. Qual escolhi? Direito “é claro”! Mas o que me levou a tomar esta decisão foi não só o interesse pela profissão, pelo “gostar”, e sim o que eu poderia ganhar financeiramente com ela.
Como professora talvez eu não fosse bem sucedida. Talvez eu não tivesse condições de dar um bom estudo ao(s) meu filho(s), pagar uma boa escola particular. Além disso, existe a vontade que temos de comprar certas coisas, mesmo que não tão necessárias. E como é bom querer comprar e PODER comprar! E mais, não seria tão bonito meus pais dizerem “minha filha é professora”, e sim “minha filha é advogada” ou promotora, juíza... Que tolice pensar assim não é mesmo? Mas infelizmente é assim que pensamos e deixamos com que a vontade dos pais prevaleça sobre a nossa. 
Em fim, foi pensando nessas e em outras coisas que eu decidi por seguir a carreira jurídica. Mas será que eu vou ser feliz? Eu gosto tanto de móveis, decoração... E gosto tanto de crianças que muitas vezes encho os olhos de lágrimas por pensar como é boa essa faze, como são puros, como são inocentes e cheios de vontade de viver... Tenho vontade de ajudá-los a crescer na vida, pode contribuir de alguma maneira. Se possível fosse eu ajudaria todas as crianças do mundo! Sem exceção mesmo. Gostaria de ser alguém importante para a formação de algumas delas. São tantas incertezas... Porém, atualmente eu procuro enxergar as coisas por um lado positivo.

Ah se tudo fosse mais fácil! Se não existisse essa forte influência do capitalismo na escolha da vida profissional... Acho que poderíamos ser mais felizes. Mais felizes por dentro. Teríamos uma felicidade verdadeira que poucos têm, e não apenas aquela aparência de uma vida boa, quando na verdade há tristeza e insatisfação sendo escondidas. 

Um comentário:

  1. Se a gente fizesse o que nós quiséssemos estava bom né... São tantas variáveis contra aos nossos desejos que até desanima fazer o que queríamos fazer. Como diz minha mãe... A gente não faz só o que queremos, mas melhor: a gente quase sempre não fazemos o que queremos. Isto é consequência de depender das pessoas mas por enquanto precisamos delas mesmo, fazer o que :(. E soma-se também ao tempo dedicado já a esse curso, tantas horas de estudo, jogar um ano fora? Muito difícil também :(. Mas quem sabe, quando nós formos independentes, fazemos o que queremos, daí você faz o curso que você quer, nem que para só por hobby né?

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